Últimas notícias

Cooperativas aumentam produção com economia de mais de 50% graças à energia solar

Projetadas e construídas pela Solarcred no modelo de geração compartilhada, as 48 usinas contam com capacidade de geração de 2.540 MWh por mês, com um custo de instalação total previsto de R$ 70,8 milhões. Os sistemas têm um impacto direto na vida de mais de 5 mil cooperados, que passaram a ter suas contas de energia reduzidas, economizando juntos mais de R$ 1,2 milhões por mês.

agosto 14, 2024 Alessandra Neris

Imagem: Solarcred

No interior de Santa Catarina, um dos principais desafios dos pequenos produtores de frangos e suínos era aumentar o consumo de energia em uma rede monofásica que, muitas vezes, entregava apenas 3.000 kW/mês para uma necessidade entre 6.000 e 10.000 kW/mês para manter e ampliar a produção. A dificuldade se dava por conta do relevo e clima catarinense, com muitos terrenos sombreados que não favorecem as instalações.

Pensando em levar energia solar para esses pequenos municípios, a empresa integradora Solarcred Energia, do município de Quilombo, deu o pontapé inicial para a criação de cooperativas que pudessem usufruir da energia gerada por usinas fotovoltaicas no modelo de geração compartilhada. As usinas têm a capacidade instalada de 0,5 MW e contam com a participação mínima de 20 cooperados pessoas físicas e outras com quadro social superior a 100 cooperados.

As cooperativas criaram um edital, descrevendo as premissas técnicas para que as usinas alcançassem a potência esperada. Foram adquiridos, em média, 780 a 850 módulos bifaciais de 580W da JA Solar distribuídos pela Bold Energy. O próximo passo, segundo a Solarcred Energia, é o de investir em armazenamento, o que esperam concluir em 2025.

Em 2022, foram estabelecidas 17 novas Cooperativas Solares em Santa Catarina, além de três cooperativas de serviços e agricultura familiar no estado, e duas no Rio Grande do Sul. Essas cooperativas já têm 48 projetos aprovados de minigeração e microgeração fotovoltaica, incluindo um projeto misto com gás. Essas usinas juntas possuem uma capacidade de geração de 2.540 MWh por mês, com um custo de instalação total previsto de R$ 70,8 milhões, e representam um impacto direto na vida de 5.080 cooperados, que passaram a ter suas contas de energia reduzidas, economizando juntos mais de R$ 1,2 milhão por mês.

De acordo com o CEO da Solarcred Energia, Odair José Demarco “cada usina conta com aproximadamente 50 a 80 sócios e as cotas de 1% de participação custaram em média R$ 30 mil, gerando aproximadamente 500 kW por mês. Produzem em média 55 mil kW/mês e, em algumas localidades, os terrenos para a construção foram doados pelo município por meio de contratos de permutas e outros adquiridos pelas próprias cooperativas. Até o momento, das 48 usinas projetadas, 18 já estão em operação em municípios catarinenses de três a 10 mil habitantes como Jardinópolis, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Coronel Freitas, Cordilheira Alta, Flor do Sertão, Santa Terezinha do Progresso, Saudades, São Bernardino, Tigrinhos, Quilombo, Videira, Aratiba, Marcelino Ramos e Charqueadas-RS. Algumas cooperativas fizeram dois ou três projetos e todas contam com sistemas de monitoramento em tempo real pela PV Operation”, explica.

Para o CEO, a grande vantagem é oferecer economia para que o produtor seja capaz de investir em seu negócio, de forma que o dinheiro retorne ao município, o que impacta diretamente a economia local. Além disso, as usinas já são consideradas pontos turísticos, o que também contribui para o desenvolvimento dos municípios. “A força da cooperativa é essa: a solução de um problema de investimento do pequeno produtor e economia de no mínimo 50%, que viabiliza aumentar sua produção agrícola com uma potência que não era possível sem a energia solar”.

Demarco também conta que ajudou alguns produtores a conseguir empréstimos para investir na usina junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com linhas de crédito mais atrativas. O CEO afirmou também que a Solarcred ainda conta com outras 20 usinas em construção ou em fase de construção para investidores interessados.

Alessandra Neris: Jornalista com mais de 20 anos de experiência em tecnologia, inovação e canais de distribuição, cobre o setor de energia solar desde 2018. Na pv magazine, é responsável pelo segmento de geração distribuída, cobrindo negócios, políticas e tecnologias sobre o mercado fotovoltaico brasileiro.
More articles from Alessandra Neris | alessandra.neris@pv-magazine.com

Este conteúdo é protegido por direitos autorais e não pode ser reutilizado. Se você deseja cooperar conosco e gostaria de reutilizar parte de nosso conteúdo, por favor entre em contato com: editors@pv-magazine.com.

Navegue em nossos , https://swisswatch.is/ com uma variedade de opções para todos os gostos e orçamentos, disponíveis para compra online.

Assine a nossa Newsletter

O que fazer quando equipamentos FV são atingidos por enchentes?

JA Solar elabora nota técnica sobre os procedimentos necessários em casos de submersão   Sistema residencial foi atingido pelos temporais. Imagem: Yes Energia Solar/Divulgação Em meio às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul – afetando mais de 2 milhões de pessoas e danificando mais...

read more

Conheça nossa sede Brasil.

Av. 9 de Julho, 3575 .
Edifício Maxime Office Tower
Salas 1813 e 1814.
Jundiaí, São Paulo - Brasil

Contato

Fale conosco

+55 11 4817-2090
Atendimento em horário comercial