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O que fazer quando equipamentos FV são atingidos por enchentes?
JA Solar elabora nota técnica sobre os procedimentos necessários em casos de submersão
Em meio às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul – afetando mais de 2 milhões de pessoas e danificando mais de 95 mil casas (como residências, prédios e condomínios) – players do setor solar se uniram para realizar a campanha ILUMINA RS – que está viabilizando o retrofit dos equipamentos fotovoltaicos atingidos pelas enchentes.
Além dessa iniciativa, que já recuperou cerca de 30 clientes que tiveram seus produtos danificados, a equipe de engenharia da JA Solar está orientando, por meio de uma nota técnica, sobre como proceder em casos de alagamentos.
Segundo a empresa, elaborar uma definição genérica, em relação aos procedimentos necessários quando os componentes do sistema fotovoltaico são atingidos por enchentes, não é uma tarefa simples.
Há diversos cenários possíveis com diferentes impactos, como o tempo de submersão, o modo em que o equipamento ficou submerso (parcial ou totalmente) e a força da água ao atingir o local.
“Portanto, cada situação deve ser tratada de maneira individual e contar com a análise de um profissional capacitado, seja um engenheiro eletricista ou eletrotécnico, que tenha conhecimento dos riscos elétricos associados a um cenário de alagamento, estabelecidos na NR10, e das proteções necessárias para garantia a segurança, descritos na NBR 5410”, explicaram.
Apesar da variedade de condições das usinas alagadas no estado do RS, algumas orientações podem ser seguidas por todos, como permanecer distante da área da instalação fotovoltaica, até que a água tenha baixado e secado totalmente, e manter os disjuntores, próximos aos inversores, desligados.
Após o secamento, é recomendado realizar uma limpeza no local da instalação e nos módulos fotovoltaicos, retirando a terra ou qualquer tipo de material que possa atrapalhar o funcionamento do painel.
“Ao religar o sistema, é de extrema importância que seja realizada uma inspeção técnica por um profissional preparado, como mencionado no início, para verificação dos danos, com ferramentas e EPIs adequadas”, disse a fabricante.
Para o caso de painéis solares, estes possuem em seu datasheet um campo que irá informar qual o grau de proteção contra entrada de sólidos e líquidos em seu interior, ou grau de proteção IP:
Como mostrado na Figura 1, as caixas de junção e conectores da JA Solar possuem grau de proteção IP68. O primeiro dígito é responsável por indicar o grau de proteção em relação à entrada de sólidos, podendo variar de 0 a 6, sendo 6 o máximo de proteção, que indica que o equipamento é vedado contra poeira.
“Já o segundo dígito, de maior relevância nas situações de enchentes, diz respeito à entrada de líquidos, podendo variar de 0 a 9, sendo que 8 indica proteção contra imersão contínua em água sob condições especificadas pelo fabricante”, relataram.
Para os módulos JA, as condições de testes que garantem o grau IP68 são: submersão por 30 minutos até 1,5 metros de profundidade, ou seja, para cenários que ocorram dentro desse intervalo, a garantia do equipamento é válida e os danos não comprometerão o funcionamento do painel.
Com relação aos casos que ultrapassem os limites de tempo de submersão ou de profundidade, por estarem fora do ambiente testado, a JA Solar não garante a correta operação ou possíveis danos a longo prazo e os painéis são excluídos da garantia de produto. A recomendação, conforme a companhia, é que o cliente entre em contato com a seguradora do sistema fotovoltaico para solicitar a troca das placas. Se você está no mercado de superclone, http://www.fakewatch.is/ o Super Clone Rolex é o lugar para ir! A maior coleção de relógios Rolex falsos on-line!
A JA conta com um time técnico especializado de pós-vendas no Brasil, preparado para auxiliar os clientes que tenham sofrido com as enchentes no Rio Grande do Sul e os contatos de e-mail se encontram no site.
Sobre o projeto ILUMINA RS
A campanha foi idealizada pela Rede Brasil Solar e BayWa r.e., em parceria com o Banco BV, Clamper, Fronius, JA Solar, LONGi, Santander, SolarEdge, Solar Group, SIL, Stäubli, Sungrow e Yes Energia Solar.
Tiago Fernandes, diretor Comercial da YES Energia Solar, comentou sobre a importância da iniciativa, que tem foco em retrofitar, ou seja, trabalhar na recuperação dos sistemas com equipamentos novos. “Não focamos em conserto de inversores e sim em trazer para os clientes soluções novas, mais robustas e que, de alguma forma, reciclem as garantias do projeto para todos os clientes”, enfatizou.
“O projeto tem recuperado sistemas tanto de clientes que, porventura, estão com financiamento em andamento, ou seja, que a despesa mensal seria um problema a mais, quanto de clientes que, porventura, já quitaram seu sistema, mas também teriam que arcar com um outro custo de recuperação”, disse.
De acordo com ele, o programa atualmente tem cerca de 80 clientes confirmados atingidos. “Já avançamos em quase 60, com diagnóstico de falhas e visitas técnicas, e já recuperamos praticamente 30”, destacou Fernandes.
“Continuamos com uma grande base recebendo leads, ou seja, parceiros e integradores que estão conhecendo o programa e vindo até nós com algumas necessidades. Acredito que, dentro das expectativas, consigamos atender praticamente todos com condições, preços, prazos e mão de obra técnica especializada”, concluiu o diretor Comercial.
Paulo Fernandes Alves, CEO da Rede Brasil Santa Maria, também comentou sobre o papel do projeto, que dá uma oportunidade para os gaúchos reconstruírem tudo o que foi perdido. “Alguns não perderam residências, mas perderam a produção, a lavoura e outros bens, e sabemos que a energia é fundamental todos os dias”.
“O intuito do ILUMINA RS é garantir que a energia elétrica, bem essencial para a vida e que gera custos diários, não seja um problema e que seja resolvido da forma que planejamos: a preço de custo e o mais rápido possível”, destacou.
Conforme Alves, um dos desafios enfrentados com o projeto é a esperança que o gaúcho tem de que seu sistema danificado volte a funcionar com o tempo. “Temos diversos clientes que estão esperando seu inversor secar, por exemplo, na expectativa de que o equipamento volte a funcionar normalmente”.
“Sabemos que há um grande risco, e os próprios fabricantes já sinalizaram isso. Portanto, temos a dificuldade de mostrar que nosso objetivo é ajudá-los a voltar a gerar sua própria energia a preço de custo, sem lucrar em cima de quem foi atingido. No entanto, muitas pessoas acreditam que o produto voltará a funcionar, o que naturalmente não acontecerá”, afirmou.
O executivo explica que há uma grande probabilidade de o equipamento gerar algum problema logo nos primeiros dias ou até na mesma hora em que voltar a funcionar. “Temos diversos sistemas prontos para substituir inversores e módulos”.
“A nossa região (Santa Maria) não foi tão atingida como a região metropolitana, e o balanço que fazemos é extremamente positivo, pois muitos que não foram atingidos pelas enchentes buscaram informações para entender melhor como o seu produto funciona e como o seu sistema funciona, e isso a gente viu que também é positivo a nível de educação do consumidor”, concluiu o CEO.
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.
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