É possível trocar o módulo antigo por outro com potência superior?

Módulos podem ser substituídos desde que alguns critérios sejam seguidos. Foto: Sicredi/Divulgação

Uma dúvida recorrente no mercado de energia solar é se existe a possibilidade de trocar um módulo antigo por outro de potência superior. A resposta para esta pergunta é: sim, mas alguns cuidados devem ser tomados.

Preferencialmente, na substituição deve-se utilizar um painel com potência e tensão de circuito aberto (Voc) próximas às do modelo original, para preservar as características da string.

Entretanto, alguma discrepância de potência é permitida desde que as demais características sejam semelhantes (número de células, tensão de circuito aberto) e o módulo substituto tenha maior corrente de curto-circuito.

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Como é possível realizar a troca sem prejudicar a operação do sistema, conforme os critérios citados acima, algumas empresas integradoras já estão realizando esse processo. A SDA Energia Solar, por exemplo, é uma delas.

A companhia está ampliando uma usina, localizada em Caculé (BA), que possui 40 módulos de 400 W, para operar com mais 10 painéis de 410 W da JA Solar – já que estes equipamentos eram os que possuíam as características mais próximas aos existentes.

De acordo com Luciano José Ferreira, administrador da empresa, o projeto terá um inversor de 20 kW da PHB Solar com dois MPPTs:

  • MPPT 1: duas strings de 16 módulos de 400 W;
  • MPPT 2: duas strings com quatro módulos de 400 W e cinco módulos de 410 da JA Solar.

“O motivo de fazermos essa conexão com padrão diferente é porque as placas de 400 W não temos disponíveis no momento. Porém, mesmo com a diferença de potência das placas, o sistema terá um funcionamento normal”, ressaltou.

“Os parâmetros elétricos atendem a demanda do inversor. Tenho feito essa aplicação algumas vezes e estou obtendo bons resultados”, concluiu.

Mateus Badra – Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020